terça-feira, 13 de dezembro de 2011

5 problemas estruturais da saúde

Por saudeweb.com
Segundo o superintendente do Sírio, Gonzalo Vecina, financiamento, relação com a indústria, separação entre público e privado, gestão administrativa e clínica são desafios
"Temos que integrar o público e o privado. Não dá para continuar sendo assim, do lado de cá a medicina supletiva e do lado de cá, o SUS
Ex-secretário de Saúde de São Paulo e atual superintendente do Hospital Sírio Libanês, Gonzalo Vecina, é um dos mais assíduos pensadores do sistema de saúde brasileiro. Nesta última segunda-feira, Vecina elencou os principais problemas estruturais da saúde, que precisam ser debatidos e solucionados em prol da sustentabilidade do setor.
São eles:
1) Financiamento. A saúde representa 8% do PIB brasileiro, sendo que 4,5% são provenientes do setor privado e os 3,5% restantes do público. O sistema de saúde privado gasta, em média, R$ 60 bilhões, aproximadamente 1.100 per capita por ano. Já o setor público consome R$ 100 bilhões, R$ 700 per capita. Isso é uma distorção, ressalta Vecina.
2) Falta gestão administrativa
3) Falta gestão clínica, incluindo ações de promoção e prevenção de diagnóstico. Um problema, por exemplo, enfrentado pelo Sírio refere-se à adoção de prontuário eletrônico pelos médicos. Para o profissional fazer a prescrição online, é preciso abrir uma série de janelas e campos a serem preenchidos para cada droga. Isso leva tempo e o médico geralmente não está disposto, compartilha o executivo.
4) Separação entre público e privado
5) Indústria como vilã. De acordo com Vecina, diferente da realidade atual, a indústria deve ser encarada como fator de geração de valor. Ela gera emprego, exportação e aumenta a capacidade produtiva, diz o superintendente.

Sírio-Libanês contrata transcritor para preencher prontuário eletrônico

Médicos são resistentes às prescrições digitais devido à lentidão do sistema, conta o superintendente do Hospital, Gonzalo Vecina
A gestão hospitalar é, talvez, uma das mais complexas a serem executadas. O Hospital é a única empresa que funciona durante sete dias da semana, 24 horas por dia, que conta com uma das mais vastas gamas de profissionais mais de 14 da área da saúde entre engenheiros, administradores, de recursos humanos, entre outros; além de ter de conciliar os interesses econômicos com as necessidades vitais da população.
Segundo o superintendente do Hospital Sírio Libanês, a gestão clínica e administrativa está entre os principais gargalos do setor. Devido à alta complexidade, os softwares hospitalares ainda têm muito que evoluir, segundo Vecina. Falta demenda por eficiência, afirma Vecina.
O preenchimento das prescrições eletrônicas no Sírio Libanês, por exemplo, encontra resistência por parte dos médicos. Para cada droga a ser prescrita, o médico precisa abrir uma série de janelas e preencher vários campos. Isso leva uns vinte minutos e os médicos não querem fazer isso. Por isso contratamos uma pessoa só para digitalizar as prescrições, o transcritor, conta Vecina.
Depois, o trabalho do transcritor passa pela validação das áreas farmacêuticas e enfermagem.
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