quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Mentoring Ajuda a Desenvolver os Profissionais de sua Empresa

Por: Marcelle Brum de pensandogrande.com.br

Cada vez mais preocupadas em atrelar o crescimento profissional de seus colaboradores com os resultados positivos das organizações, mais companhias investem pesado em ferramentas voltadas para o desenvolvimento profissional. Entre elas, destaca-se o mentoring. Mas o que você sabe sobre essa importante ferramenta?

O mentoring é um processo de desenvolvimento que conta com mentores ou “gurus” que ajudam os “mentorados” a atingir seus objetivos por meio de encontros em que são pautados assuntos como as experiências do mentor, carreira, relações dentro da organização, dicas organizacionais, o futuro da organização, etc. Normalmente, esses mentores são executivos de alto nível, com bastante experiência na tomada de decisão, juntamente com a área de Recursos Humanos.

Para Cíntia Bortotto, psicóloga e especialista em recursos humanos, o mentorado utiliza-se da experiência e do conhecimento que o mentor tem tanto da organização, quanto para alavancar projetos, carreira e principalmente para aprender.

Para auxiliar os empreendedores a implantar o processo de mentoring e auxiliar o crescimento profissional de seus colaboradores, a psicóloga separou as principais características da ferramenta:

- É, em geral, dedicado a jovens talentos;
- Os mentores não são da mesma hierarquia, ou seja, da mesma área do mentorado;
- O foco não é a área de conhecimento técnico e sim carreira, relações e principalmente o futuro da organização;
- É realizado por mentores experientes;
- Pode ter diferentes tempos de duração;
- Pode ter giro de mentores de tempos em tempos;
- Foco na aceleração do desenvolvimento;
- Trata de carreira, relações, projetos, forma de se expor de maneira adequada na organização, entre outros;
- Tem uma sistematização de encontros, que é acompanhada pelos que implementam o programa no início e depois passam a ser combinadas pelas próprias duplas de trabalho;
- Não há sobrecarga de um mesmo mentor com muitos mentorados.

O principal benefício da implementação do mentoring nas empresas é o desenvolvimento constante dos talentos internos, gerando a diminuição do turnover nos grupos que recebem este tipo de programa. O outro lado, dos mentores que compartilham as experiências, também é beneficiado: há uma motivação a mais, pois sentem que podem dividir e adicionar conhecimento na vida de um profissional mais jovem. Sobre o retorno de implementação, a profissional afirma que não é demorado. “Após alguns meses de processo, já é possível sentir o retorno. No entanto, é importante frisar que ele deve ser sempre acompanhado, para que não esfrie”, afirma.
Em resumo, inserir a prática do mentoring nas empresas é muito mais do que capacitar jovens profissionais se utilizando dos conhecimentos técnicos e experiências de vida dos colaboradores com mais tempo de empresa, é também elevar a auto-estima e valorizar o quadro de profissionais mais experientes da companhia.

Se a sua empresa é pequena e possui poucos colaboradores, é mais fácil identificar metas e objetivos de seus funcionários. Com uma boa liderança, é possível realizar o processo de mentoring com cada colaborador individualmente. O que você acha disso, empreendedor?


Texto originalmente publicado em http://www.pensandogrande.com.br/mentoring-ajuda-a-desenvolver-os-profissionais-da-sua-empresa/#more-17153

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

LEAN HEALTHCARE - Técnica Industrial Faz Hospital Atender Mais

Jornal Folha de São Paulo destaca LEAN HEATHCARE na melhoria do atendimento hospitalar.

Por CLÁUDIA COLLUCCI de folha.uol.com.br de São Paulo
Com técnicas inspiradas na indústria automotiva, hospitais de São Paulo têm conseguido diminuir o tempo de espera de procedimentos e atender um número maior de pacientes sem precisar contratar mais funcionários ou comprar mais equipamentos.
Conhecidos como sistemas de produção enxuta para área da saúde ("lean healthcare"), essas técnicas envolvem mudanças de processos internos das instituições, muitas das quais são simples readequações na maneira como os funcionários trabalham.
Um exemplo foi o que aconteceu neste primeiro semestre no setor de quimioterapia do Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, responsável por 24% das quimioterapias do SUS na cidade de São Paulo.
A instituição, filantrópica, conseguiu reduzir em 76% o tempo de espera de pacientes atendidos na quimioterapia e aumentar em 50% o número de doentes atendidos.
O primeiro passo foi um diagnóstico de todo o funcionamento do hospital e do caminho do paciente dentro dele. Depois, foi criado um mapa com as lacunas existentes.
"No início, parecia meio esdrúxula a ideia de aplicar uma técnica industrial a um hospital. Mas o hospital não deixa de ser um pouquinho uma indústria de transformação. A gente tenta transformar a matéria-prima, o doente, em uma pessoa saudável", compara Roberto Rivetti, diretor técnico do instituto.
Segundo o consultor Ronaldo Mardegan, responsável pelo projeto, descobriu-se que, deixando a sala da químio preparada no dia anterior e adiantando o que era possível na parte de medicação, os pacientes poderiam ser atendidos antes, liberando espaço para mais doentes.
Antes, às 6h, chegavam os farmacêuticos para preparar a medicação e os enfermeiros para preparar a sala. Os pacientes só começavam a ser atendidos por volta das 8h.
Ao liberar os pacientes mais cedo, mais doentes que estavam na fila de espera puderam ser atendidos. Antes, o hospital atendia 80 pacientes por dia. Agora, são 120 -com os mesmos funcionários.
A fila de espera também foi encurtada. Antes, o paciente demorava 30 dias para começar a químio. Hoje, o prazo é de uma semana.
"Imagina o que é isso para um paciente que tem uma doença que parece um monstro te comendo por dentro. Cada dia é um martírio imaginar que você não está se tratando", afirma Rivetti.
Segundo ele, o mesmo conceito está sendo aplicado no pronto-atendimento. Uma das possibilidades estudadas é, após o paciente passar pela consulta, ele poder fazer um exame no mesmo local que vai receber a medicação.
"Se a gente conseguir reduzir de 40 para 20 minutos esse atendimento, já será um grande ganho para um paciente que está com dor."

De 30 para 7 dias – Foi a redução do tempo de espera dos pacientes para início da quimioterapia
80 – Era o número de pacientes atendidos por dia na quimio antes da implantação das medidas de eficiência
120 – É o número de pessoas atendidas por dia agora

TÉCNICA
Criado após a Segunda Guerra Mundial, o "lean manufacturing" (produção enxuta) é adotado por empresas como Toyota, Honda, 3M e Adidas, entre outras.
É uma filosofia de gestão focada na redução de desperdícios, entre eles o de superprodução, tempo de espera, transporte, movimentação, excesso de processamento, inventário e outros.
A ideia, segundo Mardegan, é que, eliminando esses desperdícios, melhora-se a qualidade, e o tempo e custo de produção diminuem.
A partir de 2002, hospitais americanos começaram a aplicar a técnica. Outros hospitais brasileiros, como o Albert Einstein, Rede D'Or, São Luiz e São Camilo, já aplicaram esse conceito de gerenciamento às suas rotinas.

Texto originalmente publicado em http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1131604-tecnica-industrial-faz-hospital-atender-mais.shtml com adaptações de formato.